"Quando comecei a desenhar este Museu, já tinha uma idéia a seguir. Uma forma circular, abstrata, sobre a paisagem. E o terreno livre de outras construções para realçá-la.
Não queria repetir a solução usual de um cilindro sobre o outro mas caminhar no sentido do Museu de Caracas, criando uma linha que subisse com curvas e retas do chão à cobertura.
Seria um museu com o salão de exposições cercado de paredes (retas) - não o desejava envidraçado - mas com saídas para a galeria externa que o circundaria, integrando-o no panorama magnífico.
Como muitas vezes acontece essa solução teria apoio central sustentando apenas o salão de exposições, foi modificada. Com o decréscimo de mais de um metro de altura das vigas radiais dimensionadas com um metro e cinquenta, adicionaríamos um novo pavimento no conjunto nele incluindo o 'foyer', a recepção, o auditório, as salas de trabalho, a biblioteca e os sanitários. E o projeto mais completo e econômico." *1
- Edifício de 3 pavimentos e 1 semienterrado com áreas de exposição e acervo, salas de trabalho, restaurante e auditório para 70 pessoas. *3
- O prédio foi projetado para abrigar a segunda maior coleção particular de arte contemporânea do país, do empresário João Sattamini, que a cedeu para o Museu em regime de comodato. *2
*1 NIEMEYER, Oscar. [Museu de Arte Contemporânea de Niterói]. s.d. Fundação Oscar Niemeyer. Coleção Oscar Niemeyer.
*2 AMARAL, Z.B.do, SUTER, Fred. Novo Museu. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 22 maio 1991, Caderno B, Zózimo, p.3.
*3 OSCAR Niemeyer, minha arquitetura, 1937-2004. Rio de Janeiro: Revan, 2004. p. 260.