Obra / Arquitetura

CENTRO CULTURAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Ano: 1989
Local: Belo Horizonte
País: Brasil
Descrição:

 

"Ao elaborarmos este projeto, a primeira idéia que surgiu foi criar um bloco ligando as ruas Maranhão? e Piauí com a entrada principal fixada na rua Claudio Manoel.
Chegamos a examinar essa hipótese mas logo recuando diante das inconveniências que apresentava. Com o tempo, depois de construídos os edifícios que o vão cercar, o prédio da Caixa Econômica ficaria escondido e vários andares de salas prejudicados pois o recuo previsto seria obrigatoriamente entre -3 ou 4 metros.
E como obloco seria extenso 120 metros, a construção contaria como um grande muro no meio da confusão urbana existente.
E o empreendimento sujeito a críticas difíceis de responder.
O nosso projeto procura manter na área referida um bloco de apenas três pavimentos e de tal forma concebido que seria o elemento principal e mais importante do conjunto.
Lembramos da visita que fizemos ao Museu do Banco do Brasil no Rio. Um prédio velho transformado em museu e centro de cultura e pensamos que o mesmo poderia ser feito na nova Sede da Caixa Econômica.
A parte de trabalho que seria localizada num belo edifício de 25 pavimentos e a entrada do conjunto prevista na rua Claudio Manoel se estenderia por todo o terreno num jogo de rampas e formas livres dentro da programação que um centro de cultura sugere.
Assim, logo ao passar pelo hall dos elevadores, os visitantes estariam diante de um foyer magnífico onde ficariam o museu, a biblioteca, o restaurante, os auditórios, etc.
O museu contaria a história da Caixa Econômica, sua importância na vida brasileira e o Centro de Cultura sua colaboração com a cidade de Belo Horizonte.
A biblioteca, prevista para 25 mil livros, teria além das salas de estudo e leitura, as cabines de som e vídeo indispensáveis. Um dos auditórios com 200 lugares e o outro com 1000 e todas as salas e equipamentos para grandes congressos. O restaurante seria complemento natural do conjunto e uma agência da Caixa Econômica, situada, com sobreloja na entrada principal.
Acreditamos que com essa opção o prédio da Caixa Econômica não seria apenas mais um belo edifício construído na cidade mas uma obra que caracterizaria sua finalidade voltada para o povo, suas angústias e reivindicações."  *1
 
 
 
*1 NIEMEYER, Oscar. [Centro Cultural da Caixa Econômica Federal]. Rio.10.12.89. Fundação Oscar Niemeyer. Coleção Oscar Niemeyer